Dom Lanza convida para o Congresso Missionário

IRMÃ ANASTÁSCIA, QUÊNIA

ARTHUR DENADE, JM DO ESPÍRITO SANTO

GABRIELA NASS, IAM ESPÍRITO SANTO

quarta-feira, 25 de março de 2015

Uma vida dedicada missão


Após 13 anos a serviço das Pontifícias Obras Missionárias (POM) contribuindo em diversos trabalhos, padre Savio Corinaldesi, missionário xaveriano, encerrou suas funções na equipe nacional das POMs, no final de 2014. Ultimamente exercia a função de secretário nacional da Pontifícia Obra de São Pedro Apóstolo. O religioso de 78 anos voltou a Belém do Pará, sede da Região do Brasil Norte da sua Congregação. Padre Savio começou seu trabalho na sede das POM em 2002, como Secretário nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM).

Ordenado padre em 15 de outubro de 1961, seu primeiro campo de trabalho foi na Espanha, onde, por seis anos, atuou na Animação Missionária dos seminários a serviço das POM daquele país. Chegou ao Brasil em 1968 com o objetivo específico de viver e anunciar o Evangelho. Trabalhou por 34 anos nas dioceses de Belém e Abaetetuba (PA) e na prelazia do Xingu. De março de 1985 a junho de 1987, foi diretor do Centro de Formação Intercultural (Cenfi), em Brasília (DF). Mais tarde ocupou o cargo de superior dos Xaverianos da Amazônia e foi secretário executivo do Regional Norte 2 da CNBB.

Dono de um vasto conhecimento na dimensão teológico-missionária, padre Savio é profundo em suas reflexões. Com um estilo de vida simples, comunica a essência do Evangelho e tem sido de grande ajuda para a Equipe de coordenação das POM. Acompanhe a entrevista.

O que o senhor destacaria do trabalho realizado ao longo desses anos nas POM?
Desde que deixei o seminário da minha diocese onde me preparava para ser padre, convencido pelos “números” (minha diocese tinha 70 padres, para 41 paróquias em um território de 315 km2), sempre me deixei questionar pelas necessidades das igrejas mais pobres. As POM, que nasceram para o serviço a essas igrejas, realizariam plenamente meus sonhos. O Concílio Vaticano II tinha recordado que o anúncio do Evangelho até os confins do mundo é obrigação de todo cristão. Depois do Concílio, os papas continuaram a recordar sobre a necessidade do empenho missionário. Mais de 2000 anos depois da sua vinda ao mundo, 70% da humanidade ainda não ouviu falar de Jesus Cristo e de outros 30%, são 90% que precisam de uma nova evangelização. Saio das POM com certa sensação de fracasso.

Poderia nos explicar melhor essa sensação de frustração?
Em 1988, a CNBB, em sua 26ª Assembleia Geral publicou um excelente documento “Igreja, Comunhão e Missão”. Nele os bispos afirmavam: “As exigências do trabalho pastoral em nossas dioceses não nos dispensam da missão ad gentes. Antes, o envio missionário contribui para a renovação e vitalidade das Igrejas particulares”. (116) “... As missões ad gentes não são portanto, algo facultativo para a Igreja local, mas fazem parte constitutiva de sua responsabilidade” (117).
De 1988 para cá, o clero a serviço do povo brasileiro passou de 13.892 para 22.119 (em 2010). Um aumento de 59% que resulta ainda mais constrangedor quando comparado com o baixo número de missionários enviados além-fronteiras. A missão universal de fato foi por nós esquecida, mesmo diante do “aumento avassalador” dos recursos humanos, pastorais e financeiros.
Outro motivo que me faz sentir fracassado é o tipo de Igreja que somos. Meus primeiros anos de vida no Brasil me fizeram conhecer uma Igreja com uma clara opção preferencial pelos pobres, lutando pela justiça e pela libertação integral dos esquecidos e oprimidos, com suas Comunidades Eclesiais de Base, com sua leitura popular da Bíblia. Uma Igreja samaritana. Seria essa a contribuição específica da América-Latina ao mundo. Mas agora muita coisa mudou. Nossa Igreja esqueceu que deve ser samaritana. Voltou a prestigiar os sacerdotes e os levitas que rodeiam nossos altares e povoam nossos templos (Lc 10, 25-37). Uma Igreja de ritos, cultos, cerimônias, que nada tem a ver com Jesus Cristo.
Em um mundo que criou o café descafeinado, o cigarro sem nicotina, o leite desnatado... nós inventamos a “missão sem saída”, o “envio” sem destino. Uma missão que não se aproxima das vítimas por receio de sujar as mãos ou a barra da túnica. Uma missão descompromissada assim, não serve mesmo. Melhor não fazer.

Que mensagem teria para os leitores do SIM?
Nossa Igreja precisa se deixar avaliar pelos destinatários da missão. É a absolvição deles ou sua condenação que vai valer. Peço a Deus que o SIM seja sempre a voz deles, questionando-a e não a deixando sossegada. Estive por quase 13 anos nas POM. Tempo muito maior que o previsto, tempo suficiente para realizar sonhos. Por exemplo, o sonho de ver a Igreja do Brasil se tornando cada vez mais missionária. Lembro que logo nos primeiros dias pude ler, em uma revista da biblioteca, as palavras severas de dom Luciano Mendes de Almeida pronunciadas em um encontro de congregações missionárias:
“Os missionários estrangeiros foram verdadeiros missionários conosco, mas não nos ajudaram a sermos missionários... Pedimos aos missionários que nos ensinem também a nós a alegria da missão além-fronteiras”.

Qual a sua missão agora em Belém do Pará?
Jesus disse a Pedro: “Quando você era mais jovem, vestia-se e ia para onde queria; mas quando for velho, estenderá as mãos e outra pessoa o vestirá e o levará para onde você não deseja ir” (Jo 21,18). Meu presente e meu futuro estão nas mãos do meu parceiro, o Dr. Parkinson que vai tomando posse de mim, cada vez mais arrogante e exigente. Ele pensa que vai me ganhar, mas o coitado ignora que pertencemos a uma raça de pessoas que, pela graça de Deus, produz frutos também quando pregadas numa cruz. 

Publicado no Informativo SIM - Nº 01/2015
Leia o informativo completo no site das POM:

Minas Gerais e Espírito Santo realizam EDIJAM


Entre os dias 13 a 15, aconteceu em Belo Horizonte (MG), o Encontro Regional de Formação para Coordenadores Diocesanos da Infância e Adolescência Missionária (IAM) e Juventude Missionária (JM). Conhecido como EDIJAM, o encontro ocorreu na Obra Social Madre Maria de Jesus e reuniu coordenadores diocesanos e estaduais dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, que formam o regional Leste 2 da CNBB.

A formação contou com a assessoria do padre André Luiz de Negreiros, secretário nacional da Pontifícia Obra da IAM. No sábado pela manhã, o assessor desenvolveu temáticas sobre a Obra, e abordou a presença da mesma no enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes. Apresentou também, a 3ª Jornada Nacional da IAM que será celebrada no dia 31 de maio  e que tem como tema  “IAM da América a serviço da IAM da Ásia”.

Durante a tarde, padre André apresentou o subsídio introdutório da Jornada do Jovem Missionário – Itinerário formativo, material que será disponibilizado neste ano aos grupos de JM existentes no Brasil. No domingo, dia 15, o assessor trabalhou a temática “IAM nas Escolas” e apontou caminhos para ter uma unidade entre a metodologia das Pontifícias Obras Missionárias e as implementadas nas escolas de congregações católicas.

No encontro, aconteceram as sucessões das coordenações estaduais da IAM e JM de Minas Gerais. Pela IAM, Maria das Dores Silva Santos deixou o serviço de coordenadora estadual que será assumido por Júlia Baratti. Pela JM, Marcelo Bleme assumiu como novo coordenador no lugar de Érica Júlia Ventura.

Na noite de sábado, aconteceram apresentações culturais promovidas pelas crianças e adolescentes que integram a Obra Social Madre Maria de Jesus, iniciativa acompanhada pelas Irmãs e noviças da congregação de Nossa Senhora das Dores.

3ª Jornada Nacional da IAM

Por Assessoria de Imprensa   
13 / Mar / 2015 15:56
FONTE: www.pom.org.br
3ª Jornada Nacional da IAM apresenta subsídios
Criada na França no dia 19 de maio de 1843, a Obra da Infância e Adolescência Missionária (IAM) completa 172 anos de fundação. Para marcar essa data, no dia 31 de maio, a IAM em todo o Brasil, celebrará a sua 3ª Jornada Nacional, iniciativa que já vem sendo realizada em vários países.
No Brasil, a Obra conta com mais de 30 mil grupos e a Jornada Nacional deverá acontecer nas dioceses e paróquias com uma celebração especial que inclui a consagração das crianças e adolescentes durante a Coroação de Nossa Senhora, entrega do lencinho e do escuto da IAM e a coleta do cofrinho com a oferta das crianças. Para melhor motivar a Jornada, o secretariado nacional da IAM, em Brasília (DF), confeccionou um cartaz e um roteiro para a celebração. O material já foi enviado a todos os coordenadores estaduais e encontra-se disponível para baixar, também nesta página.

2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas divulga cartaz

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) promovem, este ano, o 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas. O evento acontece nos dias 9 a 12 de julho, na PUC Minas, em Belo Horizonte (MG), e deve reunir cerda de 300 pessoas entre seminaristas, reitores de seminários, formadores, bispos e convidados. As vagas serão distribuídas, em breve, por meio dos Conselhos Missionários Regionais (Comires). O objetivo é animar e aprimorar a formação missionária dos futuros presbíteros em vista de um autêntico espírito missionário.A organização acaba de divulgar o cartaz oficial do Congresso.

Explicação do cartazNa imagem um jovem sobressai do globo entre os mapas dos continentes. Os traços ligam o corpo do jovem presbítero ao mundo indicando a realidade onde ele deve viver sua missão. Uma das linhas contorna a cabeça do jovem e desce ao longo do corpo em forma de cajado. Esta com outro traço vindo do mapa formam uma cruz sobre seu coração. O missionário presbítero como bom pastor, tem a missão na mente e no coração.
A veste branca na mão esquerda tem estilo de uma túnica para indicar que o jovem deve viver atento à vocação a qual foi chamado, mas ao mesmo tempo, deve vivê-la junto ao povo, por isso a manga direita é de uma camisa. Tudo está unido à missão de Deus Trindade retratado nas três linhas que contornam a parte esquerda do desenho.
O cartaz contém as cores missionárias dos continentes (vermelho, amarelo, verde, azul e branco) que somados ao globo e ao mapa simbolizam a missão universal, na qual as Igrejas locais estão convocadas a cooperar. Essa visão é reforçada pelo tema do Congresso: “O missionário presbítero para uma Igreja em saída”, e o lema: “Ide sem medo para servir”.
A ideia original do cartaz é do seminarista Silas de Oliveira da Comunidade de Ação Pastoral, em Pouso Alegre (MG) e a arte final de Wesley T. Gomes, designer das POM.
Leia também: Seguem os trabalhos preparatórios para o 2º Congresso Missionário Nacional de Seminaristas.
FONTE: www.pom.org.br
Por Jaime Patias - 02/03/2015

FELIZ PÁSCOA

FELIZ PÁSCOA

RETIRO DE SMP EM JANUÁRIA